Na década passada, verificou-se uma tendência clara na implementação de Software de Gestão nas PMEs, vulgarmente conhecido como ERP, o que nem sempre é realmente o que é implementado.

ERP vs. Software de Faturação

Muitas vezes, confunde-se o conceito de ERP com Software de Faturação, o primeiro consiste numa plataforma que agrega dados de todos os departamentos da organização, desde os recursos humanos até à logística, o segundo consiste numa solução que permite controlar as vendas e gerir a faturação. São ferramentas muito diferentes.

Ainda assim, as organizações em Portugal entendem a diferença entre as duas soluções, muito por força da relação com os parceiros integradores que aconselharam corretamente, na maioria das situações, a implementação de soluções ERP onde se justificam, ao invés de software de faturação. Até porque, o foco, nesses tempos, era de concentrar e agregar os dados, centralizar a gestão e cumprir normativos legais, com um mínimo de relatórios de análise. Tal perspetiva, no entanto, mudou.

O que mudou?

Hoje, já não se foca tanto nos dados, mas sim no apoio à decisão. Já não se está apenas preocupado com as componentes de gestão, mas também com a componente operacional. Isto levou a uma evolução nos integradores, que deixaram de se concentrar na ferramenta e começaram a focar-se nas regras de negócio, de forma a dar uma resposta personalizada a cada situação, ajustada às necessidades próprias da organização, quer em termos da recolha dos dados, ou da apresentação da informação para a gestão da decisão.

Estes módulos “verticais” estão especializados em dar resposta às necessidades e vicissitudes do setor de atividade e, nalguns casos, da própria organização, assegurando que a semântica, fluxos de informação e relatórios de analise sejam totalmente customizados, à medida. Isto garante a otimização, a eficácia e a eficiência nos processos de gestão, deixando que a organização se foque no fundamental: as operações.

As novas tendências

É neste contexto, que surgem termos como fintech, agrotech ou healthech que ilustram, não só software, mas sobretudo tecnologia que é totalmente adequada e específica para os setores a que dizem respeito e que trazem boas práticas internacionais alicerçadas nas novas tendências tecnológicas, permitindo um salto qualitativo abismal nos sistemas de produção e nos processos operacionais dessas organizações.

É por isso fundamental estar alinhado com integradores que entendam a semântica, o “jargão” específico do seu negócio, porque apenas assim poderão garantir a escolha adequada de tecnologia para dar resposta ao que realmente importa na sua organização.